Empresas que querem atrair novos talentos, parceiros e consumidores precisam estar abertas a investir em projetos de responsabilidade social por voluntariado
Movimento crescente no mundo, as ações de responsabilidade social estão chamando cada vez mais atenção de investidores, sobretudo daqueles que querem atrair novos talentos, parceiros e consumidores no novo milênio.
O assunto não é exatamente novo, mas a grande questão para alguns continua sendo como obter retorno com este tipo de investimento. Neste sentido, estudos apontam diretamente três motivos: o retorno de branding, que está ligado ao prestígio da empresa; engajamento dos principais atores envolvidos com a empresa; e o retorno financeiro.
Porém, já existem atualmente empresas e instituições que conduzem projetos de responsabilidade social com o único objetivo de construir um mundo melhor.
O Instituto Nação de Valor, instituição sem fins lucrativos, apoia e desenvolve projetos de forma voluntária no intuito de evitar que ações sociais já iniciadas sejam interrompidas por falta de verba ou de fortalecer indivíduos que possam atuar em favor de uma sociedade igualitária.
Fundado por Katiane Vieira, Rita Mamede e Janaína Paes, em 2017, o Instituto está envolvido hoje com 10 projetos sociais e pretende dobrar este número em 2019.
“Em anos atuando no mercado corporativo, percebemos que muitas empresas querem ajudar pessoas, mas não encontram tempo para se dedicar a ações em comunidades carentes ou mesmo para gerir projetos sociais. Além de poder auxiliar essas empresas, o Instituto Nação de Valor apoia projetos já existentes e desenvolve projetos alinhados aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU”, conta Katiane Vieira.
Projetos de responsabilidade social exercem grandes impactos nos objetivos, estratégias, visão, missão e valores das empresas.
Segundo pesquisa da Rede Global para o Desenvolvimento de Empreendedores (Ande), os investimentos de impacto no Brasil contabilizavam R$ 602 milhões em ativos no ano de 2005, montante que deveria chegar a R$ 960 milhões no ano seguinte.
Em Francisco Beltrão, no Paraná, está um dos projetos apoiados pelo Instituto Nação de Valor. O “Jogando pela Vida”, criado em 2012, promove o desenvolvimento integral do ser humano, atendendo crianças e adolescentes de famílias em situação de exclusão.
O projeto já atende 180 crianças, com idade entre 4 e 16 anos, que além da orientação educacional e prática desportiva oferece atendimento médico, transporte e alimentação. Em 2019, deve dobrar este atendimento e chegar a 600 crianças em 2020.
“Quando comecei a frequentar o projeto, eu era um menino inquieto, não tinha notas boas, e sentia falta de um lugar para jogar com meus amigos. Aqui, ganhei até roupas próprias!”, conta João Pedro Varal, 14 anos, aluno do Jogando pela Vida.
O INV também apoia o projeto Eistein Floripa, cursinho pré-vestibular gratuito sem fins lucrativos voltado para pessoas de baixa renda da região da Grande Florianópolis.
Além disso, criou o Projeto uma Nova Mulher, que incentiva mulheres de diferentes idades, sem restrição às condições socioeconômicas e étnicas, a atuarem como protagonistas de seu próprio crescimento, além de se tornarem agentes de transformação social. Dentro deste projeto, as fundadoras do INV lançaram o Livro “Mulher – Desperte o poder que há em você”, lançado em maio de 2018 pela Editora Novo Século.
Projetos que contam com o apoio do INV
Menina Percussão: a música como objeto de inclusão e empoderamento da menina
Dançaterapia: através da dança, melhora a autoestima e convívio social na melhor idade
Einstein Floripa: cursinho pré-vestibular gratuito para jovens baixa-renda
Jogando pela Vida: promove inclusão social por meio da formação desportiva
Mulheres em Ação: gera trabalho e renda, dando autonomia à mulher
Uma Nova Mulher: sobre protagonismo feminino para mudar o mundo.
Óleo que Transforma: gera renda através da captação de óleo de cozinha usado
Tá Ligado?!: palestras sobre cidadania que fala a linguagem do jovem
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Por | Letícia Maciel