Sabe-se que no Brasil, 90% do óleo residencial tem seu descarte realizado de maneira inadequada, seguindo o caminho dos mananciais aquáticos, através do esgoto e dos aterros, de modo generalizado geograficamente, o que acaba agravando a degradação ambiental. Assim, nos municípios onde a cobertura do saneamento básico e a gestão ambiental ainda merecem muita atenção, esta situação se agrava.
O projeto ÓLEO QUE TRANSFORMA se constitui na implantação da cadeia produtiva do sabão ecológico a partir da capacitação e geração de renda para adultos em situação de risco, incluindo realização de palestras sobre Protagonismo, Educação Ambiental e Oficinas (técnica e de empreendedorismo social) tendo como premissa os princípios da Economia Solidária, a constituição de Cooperativa e construção de fábrica para produção de sabão confeccionado com óleo residual de cozinha e sebo animal.
O que dizem as pesquisas
Segundo pesquisas desenvolvidas pela ADM (Archer Daniels Midland Company) do Brasil, 90% do óleo de cozinha é descartado de forma inadequada. Quando jogado em aterros ele impermeabiliza o solo, por se tratar de uma substância que possui baixa interação com água impedindo que essa execute seu ciclo no solo, afetando a renovação dos lençóis freáticos e mananciais aquáticos que dependem desse fenômeno.
Além da impermeabilização do solo, quando jogado a céu aberto, por se tratar de um composto orgânico, sofre decomposição por microrganismos, tendo como resultado a emissão de metano na atmosfera, sendo esse um dos compostos causadores do efeito estufa, devido a sua geometria molecular, retém vinte vezes mais energia que o dióxido de carbono.
Muitas residências e estabelecimentos comerciais jogam o óleo comestível usado na rede de esgoto. Além de gerar graves problemas de higiene e mau cheiro, a presença de óleo e gordura na rede de esgoto causa o entupimento da mesma, dificultando seu funcionamento.
Para retirar o óleo são empregados produtos químicos, o que acaba comprometendo a qualidade da água mesmo após ter sido feito um tratamento de esgoto. Tendo que um litro de óleo pode contaminar um milhão de litros de água, exigindo recursos financeiros consideráveis no momento de separá-los.
O óleo que chega aos rios e às represas da cidade fica na superfície e pode impedir a entrada de luz, elemento essencial para a vida dos organismos aquáticos. No solo, tem a capacidade de impermeabilizá-lo, dificultando o escoamento da água das chuvas.
Alinhado com o desenvolvimento sustentável norteado pelos 17 ODS descritos na Agenda 2030, o Projeto ÓLEO QUE TRANSFORMA colabora com os seguintes ODS:
- ODS1 – Erradicação da Pobreza;
- ODS 4 – Educação de Qualidade;
- ODS 6 – Água Potável e Saneamento;
- ODS 8 – Trabalho Descente e Crescimento Econômico;
- ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis.
A comunidade da região de atuação do projeto é motivada para participar no acondicionamento correto do óleo de cozinha residual e do sebo animal; na entrega do mesmo para reciclagem; bem como multiplicadores da preservação ambiental e também como consumidores do produto resultante.
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